terça-feira, 24 de janeiro de 2012


O telescópio Vista, instalado no Chile, obteve uma nova imagem da Nebulosa da Hélice, que tem o formato de um olho. A fotografia foi tirada no infravermelho e revela filamentos de gás frio, ao mesmo tempo que nos mostra um fundo rico em estrelas e galáxias. A Hélice é uma das nebulosas mais próximas da Terra; ela está a cerca de 700 anos-luz de distância, na constelação de Aquário



A imagem divulgada pelo Observatório Solar Heliosférico (SOHO) mostra um cometa antes de alcançar o Sol. Os cometas da família Kreutz são conhecidos por se aproximarem do Sol, mas essa fotografia é a única que mostra ele se desintegrando ao alcançar à estrela



A imagem divulgada pela Nasa (agência espacial americana) mostra "ejeção de massa coronal", que consistem em bolhas de gás quente de bilhões de toneladas aquecidas pelos campos magnéticos do Sol, em direção à Terra. A agência estima que ela viajou 630 quilômetros por segundo e chegou à Terra no último sábado (21), quando tempestades geomagnéticas e auroras foram observardas 




A maior erupção solar registrada desde 2005 começou a se fazer sentir na Terra, bombardeando o planeta com partículas magnéticas que podem perturbar as comunicações via satélite, anunciaram autoridades americanas na última segunda-feira (23).
A erupção, que ocorreu no domingo perto do centro do sol, projetará partículas de prótons para a Terra até a quarta-feira (25), advertiu a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).
"A própria erupção em si não tem nada de espetacular, mas ejetou ao espaço uma massa coronal (nuvem de plasma de intenso campo magnético) a uma velocidade fenomenal de 6,4 milhões de km/h", disse à AFP Doug Biesecker, físico do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA.
A tempestade geomagnética provocada pelo Sol é a mais forte desde 2005, mas foi classificada como de categoria 3 em uma escala que vai até 5, afirmou. Por isto, é considerada "forte", mas não "grave".
Segundo o site da NOAA na internet, um evento de categoria 3 pode causar alterações nos sistemas informáticos dos satélites, bem como nas comunicações por rádio nos pólos. A navegação aérea e as plataformas petrolíferas também podem ser afetadas nestas regiões.
"Não esperamos um grande impacto com um evento deste tipo", disse Biesecker.
Os moradores de Europa e Ásia também poderão aproveitar a noite de terça-feira para admirar a aurora boreal, acrescentou.

Telescópio no Chile capta imagem de nebulosa Ômega

O poder de alcance do Very Large Telescope é atestado pela imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Europeu do Sul), que fica em solo chileno, no deserto de Atacama.
A foto mostra a nebulosa Ômega, também conhecida como Messier 17, onde prolifera poeira estelar que circunda estrelas em formação.
O gás colorido e a poeira escura da nebulosa servem de matéria-prima na criação da próxima geração de estrelas.
Nesta região particular, as estrelas mais jovens --brilhando de forma ofuscante em tons branco-azulados-- iluminam todo o conjunto.
As zonas de poeira da nebulosa, semelhantes a brumas, contrastam visivelmente com o gás brilhante.
As cores vermelhas dominantes têm origem no hidrogênio, que brilha sob a influência da intensa radiação ultravioleta emitida pelas estrelas quentes jovens.
A Ômega tem muitos nomes, dependentes de quem a observou, quando e do que julgou ter visto.
Entre eles, incluem-se: nebulosa do Cisne, Cabeça de Cavalo e ainda Lagosta. O objeto foi também catalogado como Messier 17 (M17) e NGC 6618.
A nebulosa situa-se entre 5000 e 6000 anos-luz de distância na direção da constelação de Sagitário.
Um alvo bastante popular entre os astrônomos, este campo de poeira e gás brilhante é uma das mais jovens e mais ativas maternidades estelares na Via Láctea, onde nascem estrelas de grande massa.
Fotografia da nebulosa Ômega tirada por telescópio que se encontra no deserto do Atacama, no Chile



Nuvens escuras de poeira cruzam a galáxia Centaurus A, localizada a pouco mais de 11 milhões de anos-luz. A imagem, divulgada pela Nasa (agência espacial americana), foi obtida pelo telescópio Hubble e mostra o brilho de estrelas jovens obscuras pela poeira. As ondas de choque causam nuvens de gás hidrogênio que provocam uma tempestade de formação de novas estrelas, que são vistas na parte mais vermelha da imagem 


Aglomerado de galáxias é apelidado de "El Gordo"

Um aglomerado de galáxias jovem extremamente quente e de elevada massa  - o maior já detectado no Universo longínquo - recebeu o simpático apelido de "El Gordo", em referência a seu tamanho.
Ele foi estudado por uma equipe internacional de astrônomos que utilizou o Very Large Telescope (VLT) do ESO (Observatório Europeu do Sul), instalado no deserto do Atacama no Chile, juntamente com o Observatório de raios-X Chandra da NASA e o Atacama Cosmology Telescope.
O aglomerado é composto por dois subgrupos separados de galáxias em colisão a uma velocidade de vários milhões de quilômetros por hora, e que se encontram tão afastados de nós que a sua luz teve que viajar durante 7 bilhões de anos para chegar até a Terra.
Os resultados foram anunciados nesta terça-feira (10) no Encontro da Sociedade Astronômica Americana,  em Austin, no Texas.

A imagem, divulgada pela Nasa (agência espacial americana), mostra a Grande Nuvem de Magalhães. A galáxia parece estar em uma explosão, mas a impressão é causada por ondas de poeira. No centro da imagem é possível ver locais em que as estrelas nascem e o ponto mais brilhante é a Nebulosa da Tarântula. As cores na imagem indicam a temperatura da poeira - as estrelas se formam nas regiões mais quentes

A imagem, obtida pela sonda Wise da Nasa (agência espacial americana), revela um pedaço da Via Láctea em que se pode ver as constelações de Cassiopeia e Cepheus, além de áreas com estrelas estão em formação
A imagem, obtida pelo telescópio Spitzer da Nasa (agência espacial americana), mostra a Cygnus X, uma das regiões mais ativas de formação de estrelas na Via Láctea. A nuvem de gás e poeira está a 4.500 anos-luz da Terra

Nasa descobre novos planetas que orbitam ao redor de dois sóis

Uma equipe de astrônomos encontrou dois novos planetas que orbitam ao redor de dois sóis, um fenômeno que foi observado pela primeira vez na história em setembro do ano passado e que consolida a suspeita de que existem milhões deles na galáxia.
A Universidade da Flórida anunciou nesta quarta-feira a descoberta, da qual participaram alguns de seus astrônomos e que foi possível graças à análise dos dados obtidos pela missão Kepler, da Nasa.
Os cientistas batizaram os planetas de Kepler-34b e Kepler-35b. Ambos orbitam ao redor de uma "estrela binária", um sistema estelar composto de duas estrelas que orbitam mutuamente ao redor de um centro de massas comum.
"Embora a existência destes corpos, chamados de planetas circumbinários, tenha sido prevista há muito tempo, era só uma teoria, até que a equipe descobriu o Kepler-16b em setembro de 2011", explicou a instituição em comunicado.
Kepler-16b foi batizado então como "Tatooine", em referência ao desértico planeta dos filmes "Guerras nas Estrelas", que tinha a peculiaridade de contar com dois sóis.
"Durante muito tempo tínhamos achado que esta classe de planetas era possível, mas foi muito difícil de detectar por diversas razões técnicas", explicou o professor associado de Astronomia da Universidade da Flórida, Eric Ford.
Ford acrescentou que a descoberta de Kepler-34b e Kepler-35b, que será publicada nesta quinta-feira na edição digital da revista "Nature", somado à de Kepler-16b em setembro, "demonstra que na galáxia há milhões de planetas orbitando duas estrelas".
Acredita-se que os dois planetas recém-descobertos são formados fundamentalmente por hidrogênio e que são quentes demais para abrigar vida. São dois gigantes de gás de muito pouca densidade, comparáveis em tamanho a Júpiter, mas com muito menos massa.
Kepler-34b é 24% menor que Júpiter, mas tem 78% menos massa, e pode completar uma órbita em 288 dias terrestres. Já Kepler-35b é 26% menor, tem uma massa 88% inferior e demora apenas 131 dias para dar uma volta completa em seus dois sóis.
"Os planetas circumbinários podem ter climas muito complexos durante cada ano alienígena, já que a distância entre o planeta e cada estrela muda significativamente durante cada período orbital", explicou Ford.
A missão Kepler, que começou em março de 2009, utiliza um telescópio para observar uma pequena porção da Via Láctea. Os astrônomos analisam os dados procedentes do telescópio e buscam aqueles que mostram um escurecimento periódico que indique que um planeta cruza a frente de sua estrela anfitriã.
O objetivo da missão é encontrar planetas do tamanho da Terra na zona habitável das órbitas das estrelas (onde um planeta pode ter água líquida em sua superfície).
"A maioria das estrelas similares ao Sol na galáxia não está sozinha, como o sol da Terra, mas tem um 'parceiro de dança' e forma um sistema binário", explicou a Universidade da Flórida.
De fato, a missão Kepler já identificou 2.165 estrelas binárias eclipsantes (que tapam uma a outra desde a perspectiva do telescópio) entre as mais de 160 mil estrelas observadas até o momento.